Opinión | El Compliance como Pilar Estratégico en América Latina

15 Sep, 2025 | FCR Law, Opinión

En América Latina, el área de Compliance ha evolucionado significativamente en los últimos años. Lo que antes era visto como una función reactiva y centrada en el cumplimiento normativo, hoy se posiciona como un eje estratégico que conecta ética, sostenibilidad, innovación y gobernanza. Esta transformación responde a un entorno regulatorio más complejo, a mayores exigencias de transparencia y a una creciente conciencia social sobre la integridad corporativa.

El profesional moderno de Compliance debe ir más allá del conocimiento normativo. Se espera que tenga visión estratégica, capacidad de liderazgo, habilidades analíticas y una comunicación efectiva. En América Latina, donde los marcos regulatorios varían entre países y los riesgos reputacionales son altos, el rol del profesional de cumplimiento se vuelve aún más crítico. La participación en procesos de monitoreo internacional, como los realizados por el Departamento de Justicia de EE.UU. (DOJ), demuestra la sofisticación técnica y diplomática que se requiere.

La integración entre Compliance y ESG (ambiental, social y gobernanza) se ha fortalecido en América Latina. Las empresas que adoptan prácticas sostenibles encuentran en el área de cumplimiento un aliado para monitorear cadenas de suministro, prevenir violaciones de derechos humanos y garantizar la transparencia en sus reportes corporativos. Esta sinergia refuerza la reputación y la resiliencia organizacional.

La transformación digital ha permitido que el Compliance sea más ágil y predictivo. Herramientas como inteligencia artificial, automatización de procesos, dashboards en tiempo real y RegTechs han revolucionado la forma en que se gestionan los riesgos. En América Latina, estas tecnologías están siendo adoptadas progresivamente, especialmente en sectores financieros e industriales.

El contexto latinoamericano presenta desafíos únicos para el Compliance: corrupción estructural en algunos sectores, falta de cultura ética consolidada, diversidad normativa entre países y presión de organismos internacionales por mayor transparencia. Por ello, el enfoque estratégico debe considerar el contexto local junto con estándares globales.

El Compliance ha dejado de ser solo un escudo contra sanciones. Es una plataforma de confianza, una herramienta de competitividad y un vehículo de transformación cultural. Las empresas que lo integran a su estrategia no solo cumplen con la ley: lideran con propósito y construyen organizaciones más éticas, sostenibles y resilientes.

Referencias Bibliográficas

  • KPMG América Latina. (2023). Informe sobre la madurez del Compliance en la región.
  • Deloitte LATAM & Pacto Global ONU. (2022). Integridad Corporativa en América Latina.
  • (2021). Gobernanza y cumplimiento en América Latina: desafíos y oportunidades.
  • Nunes, K. R. et al. (2025). Compliance y Gobernanza Corporativa: El rol del derecho en la gestión empresarial moderna.

—————————————————————————————————-

🇧🇷 O Compliance como Pilar Estratégico na América Latina

Na América Latina, a área de Compliance evoluiu significativamente nos últimos anos. O que antes era visto como uma função reativa e focada no cumprimento normativo, hoje se posiciona como um eixo estratégico que conecta ética, sustentabilidade, inovação e governança. Essa transformação responde a um ambiente regulatório mais complexo, a maiores exigências de transparência e a uma crescente consciência social sobre a integridade corporativa.

O profissional moderno de Compliance deve ir além do conhecimento normativo. Espera-se que tenha visão estratégica, capacidade de liderança, habilidades analíticas e comunicação eficaz. Na América Latina, onde os marcos regulatórios variam entre os países e os riscos reputacionais são elevados, o papel do profissional de compliance torna-se ainda mais crítico. A participação em processos de monitoramento internacional, como os realizados pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), demonstra a sofisticação técnica e diplomática exigida.

A integração entre Compliance e ESG (ambiental, social e governança) se fortaleceu na América Latina. As empresas que adotam práticas sustentáveis encontram na área de compliance um aliado para monitorar cadeias de suprimentos, prevenir violações de direitos humanos e garantir transparência em seus relatórios corporativos. Essa sinergia reforça a reputação e a resiliência organizacional.

A transformação digital permitiu que o Compliance se tornasse mais ágil e preditivo. Ferramentas como inteligência artificial, automação de processos, painéis em tempo real e RegTechs revolucionaram a forma como os riscos são gerenciados. Na América Latina, essas tecnologias estão sendo adotadas progressivamente, especialmente nos setores financeiro e industrial.

O contexto latino-americano apresenta desafios únicos para o Compliance: corrupção estrutural em alguns setores, ausência de uma cultura ética consolidada, diversidade normativa entre os países e pressão de organismos internacionais por maior transparência. Por isso, a abordagem estratégica deve considerar o contexto local juntamente com os padrões globais.

O Compliance deixou de ser apenas um escudo contra sanções. É uma plataforma de confiança, uma ferramenta de competitividade e um veículo de transformação cultural. As empresas que o integram à sua estratégia não apenas cumprem a lei: lideram com propósito e constroem organizações mais éticas, sustentáveis e resilientes.

Referências Bibliográficas:

  • KPMG América Latina. (2023). Informe sobre a maturidade do Compliance na região.
  • Deloitte LATAM & Pacto Global ONU. (2022). Integridade Corporativa na América Latina.
  • CEPAL. (2021). Governança e compliance na América Latina: desafios e oportunidades.
  • Nunes, K. R. et al. (2025). Compliance e Governança Corporativa: O papel do direito na gestão empresarial moderna.

Victor Alota, Coordenador Global de Compliance en Braskem

Te podría interesar